Sobre a Paideia
Em 1990, os primeiros acordes: totalmente inspirada no pensamento de que a educação musical é essencial na formação integral do ser humano, a Paidéia inicia o seu trabalho com aulas particulares. Um ano depois, Cristiane Alexandre, diretora da escola, é convidada para trabalhar na equipe de preparação de estréia do Coral de Natal do Palácio Avenida.
Cada vez mais afinada com as expectativas do público, em 1995 a Paidéia já conta com uma estrutura melhor, mais salas de aula e uma nova biblioteca. No mesmo ano, participa, como empresa responsável, do 2.º Coral de Natal do Palácio Avenida, marcando o início do seu trabalho como produtora de eventos.
Nos anos seguintes, as atividades se diversificaram ainda mais com a criação da Paidéia Produção de Áudio, em 1996, e a aquisição do Estúdio Trilhas Urbanas, em 1998, que realiza gravações, produções musicais e publicitárias desde 1990. Daí em diante, o sucesso só aumentou e a Paidéia conquistou muitos fãs atuando com seriedade e comprometimento em tudo o que se propôs a fazer. Consolidou-se como escola de música e ampliou a atuação como produtora de eventos e assessoria musical. Já o Estúdio Trilhas Urbanas se especializou em gravações ao vivo, como as de Orquestras Sinfônica, Orquestras de Câmara e Corais, além de gravações musicais e publicitárias.
Depoimentos de quem faz parte da nossa história
Eu conheci a escola muitos anos atrás quando cheguei ao Brasil. A Paidéia estava organizando um concurso onde fui convidada a participar como júri. O concurso foi muito bem organizado e deu luz verde a muitos pianistas, inclusive meu aluno Pablo Nicolas Rossi ganhou o concurso e virou um grande concertista.
Gosto da Paidéia principalmente porque ela tem muitos interesses além da sala de aula, acho que incentiva muito os alunos e professores e tem escolas que não fazem isso. Propõe uma atividade muito dinâmica, saindo daquela casa pequena, ocupando e tomando um espaço maior na cidade. A maioria de seus projetos são aprovados pela Lei de Incentivo mostrando que realmente coisas estão acontecendo lá dentro.
Ano passado assisti a apresentação do projeto Schumann e achei muito bom para uma escola, mesmo professores alunos se apresentaram com muito entusiasmo e qualidade.
Eu tenho vários alunos que passaram pela Paidéia e fico feliz que a escola da chance para jovens professores.
Todos esses projetos que a Paidéia realiza, inclusive a ópera “O Beco” que eu também assisti, são muito bem organizados, feitos com muito amor e estão da parabéns!
A escola, diretora e professores de piano merecem muitos elogios e muitos parabéns.
Participei de um projeto da Escola de música Paideia que enfocava o compositor húngaro Béla Bartók e sua obra “Mikrokosmos”. Fiquei impressionado com a participação dos alunos e o engajamento da escola neste trabalho. A impressão que tenho é que escolas como a Paidéia seriam uma ajuda consistente no aprimoramento de nosso meio musical.
O prazer de ensinar dos professores e o envolvimento pleno da escola Paidéia nos projetos musicais são valiosos por demais e fazem um grande diferencial. O incentivo ao estudo de música respeitando as individualidades conduz inevitavelmente ao sucesso musical em todas as escalas. Muito do amor pela música, das nossas filhas, veio da escola Paidéia. Obrigada por ensinar a importância da música nas nossas vidas.
Há cerca de 8 anos, conheci a Paidéia. A princípio, trouxe meu filho mais velho, Pedro, para aprender guitarra (acho que é o sonho da maioria dos adolescentes com 14 anos), e ouvia seu progresso nas aulas do Elinton. Depois ele passou a fazer violão e nestes anos do aprendizado dele, eu ficava na escola escutando e conversando com todos que passavam por lá.
Depois de algum tempo, resolvi trazer meu filho mais novo, o João, para aprender bateria. Como João tem síndrome de Down, houve certo receio de não saber bem como fazer para ensiná-lo, mas a boa vontade e a calma do Toni e a determinação da Cris, trouxeram resultados espetaculares. Eu ficava na escola esperando os dois, conversando e conhecendo as aulas e os professores, pelos sons que chegavam à Secretaria e pala Sandra uma presença constante na escola.
Sempre gostei de cantar, na minha adolescência fui vocalista de uma banda, e com a vida corrida que a gente leva, eu acabei parando. Resolvi após anos de mãe de alunos da Paidéia, me tornar aluna, fiz uma aula experimental de canto e conheci o Sidney, com ele aprendi muito sobre voz, canto, música e amizade, e tenho certeza de que ampliei seus horizontes musicais. O Sidney passou também a dar aulas de canto para o João Felipe, e o resultado tem sido uma surpresa para nós. Apesar de toda a dificuldade, as conquistas tem vindo, aos poucos para muita gente, mas enormes para quem o conhece.
No ano passado resolvi realizar meu sonho de criança e aprender a tocar piano, e a Professora Lilian tem uma paciência e uma dedicação sem tamanho.
Neste tempo conheci vários professores Márcio, Taciana, Vera ….. e as vezes acho até que me tornei uma parte da escola.
Se valeu a pena? Claro que sim, e vale até hoje, pois além viver e conviver com a música e com músicos, descobri que fiz muitos amigos.”
Há quase doze anos resolvi voltar a cantar, incentivada por minha irmã Suzie Franco, que regia o coro na Paidéia. Foi uma decisão que completou minha vida. O ensaio com o Curitibôcas é um momento especial na semana, porque me traz sempre uma alegria renovadora. Nestes anos, o grupo mudou muito, dos integrantes à qualidade musical. Fizemos várias montagens, com repertórios diferentes e levamos essas montagens em viagens dento e fora do país. Posso dizer que foram ótimos momentos. A escola, por sua vez, nos proporciona sempre uma produção muito cuidadosa nas apresentações e um atendimento próximo e caloroso. Nos dois últimos anos, os próprios integrantes participaram da produção, o que nos ensinou sobre as dificuldades e as compensações dos bastidores. Meus filhos também estudaram na Paidéia e têm lembranças muito boas.
A Música na Vida do Deficiente Auditivo
A música é sentimento, é alma, é ir além do que se pode imaginar.
A música é arte, é alegria, é amor, é vida.
Mas a música é também objeto de estudo dos cientistas, que comprovam com suas pesquisas a contribuição para o desenvolvimento do lado direito do cérebro, propiciando assim melhores condições para a comunicação humana.
Nestas bases, é possível entender a grande importância da música para os indivíduos portadores da deficiência auditiva.
Em alguns países da Europa e da América do Norte a musicalidade faz parte, desde o primeiro momento do processo de habilitação da comunicação verbal, auxiliando na aquisição dos aspectos melódicos, entonacionais, fluência, enfim, nos elementos que embelezam a fala humana.
A música auxilia no aprimoramento do desenvolvimento das habilidades auditivas do deficiente auditiva e consequentemente em sua comunicação verbal.
Além da música interferir na comunicação, atua também no emocional e na relação social das pessoas com ou sem deficiência auditiva, possibilitando melhor qualidade de vida.
A música faz parte da alma independente de quanto se ouve.
Permita que a música seja escutada com o ouvido do seu coração.
Estudar música é um desafio, é como aprender um alfabeto novo. Tem o lado do raciocínio, da lógica, da matemática e concentração, e é claro o lado da percepção, da intuição, da criatividade… É um equilíbrio interessante.
Para mim, ensinar música sempre foi uma atividade conjunta ao aprender. Eu nunca teria trilhado o caminho que trilhei se não tivesse encontrado os alunos que encontrei. Cada aluno é uma lição completa do modo mais abrangente que possa haver: o aprendizado musical/instrumental é o resultado de uma interação mental e emocional com cada ser humano, com o qual me relacionei através da música, em que a expressão íntima e verdadeira de todas as qualidades que podem conduzir um ser humano à perfeição são plenamente reconhecidas e compartilhadas. Ensinar e aprender música é, para mim, desta forma, uma filosofia de vida através da qual conheço o mundo e compartilho a vida.
A música faz com que eu tenha mais serenidade, paz e contentamento no meu dia-a-dia.
A música entrou na minha vida quando eu tinha 10 anos. No início não fazia diferença, pois quem me colocou para estudar na Paidéia foi a minha mãe. Mas com o tempo, o violão e o canto foram fazendo parte da minha vida. Me ensinando coisas que eu nunca tinha percebido. Passei a observar em tudo o que eu fazia o que de música podia ter ali. Afinal, nós sempre nos pegamos cantando no chuveiro, com a família ou na Igreja. E mesmo que seja em lugares distintos, sempre a música desperta em nós um sentimento, uma sensação que nenhuma outra coisa, material ou humana, pode despertar. Saber tocar um instrumento é ter essa sensação viva em você todos os momentos. É saber que mesmo sozinho você tem um amigo e tem as lembranças que ele te traz. Para mim, a música é a minha segunda família. Estar tocando o meu violão ou cantando no coral é preencher um novo sentimento em mim. Eu saio da escola nervosa, com trabalhos, provas, amigos, e vou cantar. Este é o meu bem-estar, é o meu relaxamento. Este é o papel da música na minha vida: me alegrar, me lembrar, aumentar os meus sentimentos, relaxar, enfim, me completar.
A música não existe pelo nosso desejo, mas sim pela nossa necessidade de falar sem palavras, de chorar sem lágrimas, de ver a mesma realidade com outros olhos.